O professor José Pedro Vieira, num exercício de estilo reescreveu assim, o texto de António Gedeão: Pedra Filosofal Eles não sabem que o homem é um tempo consumido tão denso e mortiço como a intenção e o querer, como este mundo cinzento em que luto e avanço, como este rio manso em serenos sobressaltos, como estes pinheiros altos que em céu azul se agitam, como esta minha liberdade em reflexo contigente. eles não sabem que o homem é vento, é raio, é alento, serpente fugaz e dormente, de sombra que rasteja, finge que não sente num perpétuo dissolvente. Eles não pensam que o homem é razão, é vontade, é acção, cérebro, tálamo, linguagem, existência invicta, espiral, objecto transcendental, contrasenso, ergonomia, máscara grega, dicotomia, que é verdade sem antecedente, argumentação, valor e reticência, rosa-dos - ventos, consequente, caravela quinhentista, que é problema convergente, esquerda, direita, horizonte sem fim, vida de columbina e arlequim, cravo, gaivota, cruz de marfim Cate