Recontos II - Os contos tradicionais narrados pelos alunos do 6ºB
O Patinho Feio
Um dia, foram nadar para o charco mas o patinho feio tinha de sair sempre porque ele não sabia nadar e ia sempre ao fundo. Os patos que ali estavam só gozavam com ele e isso envergonhava os irmãos. Então a mãe mandou-o embora.
O patinho feio andava por ali sozinho, e onde ele passava os patos gozavam com ele.
Num dia de Inverno com muita neve o patinho feio escondeu-se atrás de um tronco de árvore.
Uma velha que por ali passava disse:
- Que patinho tão feio, tenho pena dele vou levá-lo para casa.
Passado algum tempo a velha fartou-se do patinho e mandou-o embora.
O pato, passando por um charco, viu um bando de cisnes. Quando ia por as asas na cabeça para não gozarem com ele viu o seu reflexo na água e reparou que era igual aos outros cisnes.
Depois ele viu os outros a abalar e foi com eles. Passaram por cima da quinta e os irmãos, sem saberem que ia ali aquele que tinham abandonado, disseram:
- Que cisnes tão lindos!
Maria Fragoso, Diogo Pires e Miguel Caracinha
6ºB
O Menino Grão de Milho
Todos os dias a mulher rezava a Jesus para ter um filho:
- Meu Deus, dá-me um filho. Nem que seja do tamanho de um grão de milho. E prometo que ando descalça!
Mas Deus não lhe concedeu o desejo.
Num belo dia, a mulher estava a fazer o almoço e sentiu- -se enjoada. De repente vomitou uma coisinha do tamanho de um grão de milho.
Depois o grão de milho começou a mexer-se e ela reparou que era um bebé. Como era tão pequenino, ela deu-lhe o nome de Grão de Milho.
Passados alguns anos, o Grão de Milho saiu para ajudar o pai na horta. Fazia-se tarde e ele estava cansado, por isso aconchegou-se numa couve e adormeceu.
Passou por ali o boi Lubato, muito esfomeado, e comeu a couve onde estava o menino Grão de Milho.
Quando o boi Lubato foi para a vacaria, o Grão de Milho começou a gritar:
“Ó mãe! Ó pai! Matem o boi Lubato que ele dá para três ou quatro.”
O pai e a mãe foram à procura do menino na vacaria, e ouviram:
“Ó pai! Ó mãe! Matem o boi Lubato que ele dá para três ou quatro.”
A mãe do Grão de Milho disse:
- Ó Manel, vai lá ver debaixo do boi Lubato, que acho que ouvi a voz do nosso Grãozinho.
- Ó Maria, tu estás com alucinações. – disse o pai do Grão de Milho.
- Mas se estiver lá?! – disse a mulher – Vai lá ver!
O homem ouviu:
“Ó pai! mata o boi Lubato que ele dá para três ou quatro!”
O pai matou o boi Lubato, e tiraram de dentro da sua barriga o Grão de Milho.
Contentes, deram uma grande festa, onde o boi Lubato foi o prato principal.
Margarida Ameixa
Larissa Justino
6º B
A Cigarra e a Formiga
Depois de terem guardado toda a comida, apareceu-lhes uma cigarra à porta cheia de fome.
-Por favor! Podem-me dar um pouco de comida! -implorou a cigarra cheia de tristeza e fome.
-Comida! Mas você não guardou comida para o Inverno? - exclamou a formiga, confusa.
-Não, não guardei. - respondeu a cigarra.
-Então, o que fizeste? - perguntou a formiga.
-Cantei e dancei. - respondeu a cigarra.
-Então vai cantar e dançar para outro lado que nós não te damos comida! – gritou a formiga já muito zangada.
Moral da história: Os preguiçosos não merecem nada
Gonçalo Pôla
Eduardo Serrano
6ºB
A Carochinha e o João Ratão
No dia seguinte, pôs-se à janela e disse:
-Quem quer casar comigo?
Apareceu um burro e respondeu:
-Quero eu!
-Como te chamas?
-Eu chamo-me Ih Om.
-Não gosto de ti, tens uma voz muito feia!
E disse outra vez:
-Quem quer casar comigo?
E apareceu um cão que disse:
-Quero eu!
-Como te chamas?
-Eu chamo-me Ão Ão!
-Não, vai-te embora que tens uma voz muita grossa.
E voltou a dizer:
-Quem quer casar comigo?
Passou um gato e disse:
-Quero eu!
-Como te chamas?
-Eu chamo-me Miau Miau.
-Não gosto de ti, tens a voz muito fina.
E voltou a repetir
- Quem quer casar comigo?
E passou um rato que disse:
-Quero eu!
-Como te chamas?
-Eu chamo-me João Ratão.
-Tu sim, tens uma voz bonita.
Passado algum tempo a Carochinha casou com o João Ratão e ficaram os dois a viver na casa dela.
Um dia, a Carochinha foi à missa e deixou caldeirão ao lume.
O João Ratão não pode ir à missa porque estava doente e, logo quando a Carochinha abalou, ele foi espreitar ao caldeirão e caiu lá para dentro.
Quando a Carochinha chegou não viu o João Ratão. Foi espreitar à cozinha e viu o João Ratão dentro do caldeirão.
Então pôs-se a chorar:
-Ai, meu João Ratão, que caiu dentro do caldeirão… Ai, meu João Ratão, que caiu dentro do caldeirão…
Miguel Militão
João Carvalho
6ºB
O Capuchinho Vermelho
Um dia a sua mãe chamou-a e disse:
-Capuchinho, vai levar este cesto com um bolo e manteiga, à tua avozinha.
O Capuchinho Vermelho foi pela floresta e parou para apanhar flores e, de repente apareceu o lobo, que lhe perguntou onde ia.
E ela respondeu:
-Vou levar um bolo e manteiga à minha avó que está doente.
-E onde mora ela? -perguntou o lobo.
-Mora ali naquela cidade. -respondeu o Capuchinho.
O lobo feito matreiro disse:
-Vai por este caminho que é mais curto que eu vou por este que é mais longo.
Mas o lobo tinha mentido à menina, ele chegou primeiro á casa da avozinha. Chegou lá e bateu a porta.
Truz! Truz!
-Quem é? -perguntou a avozinha.
-É a tua neta Capuchinho Vermelho.
-Entra. -disse a avozinha.
Ao entrar o lobo, a avozinha escondeu-se no armário. Depois o lobo vestiu-se com as suas roupas e apanhou os seus óculos.
O Capuchinho bateu à porta, e o lobo com voz meiga disse:
-Entra.
A Capuchinho pousou o seu cesto, e perguntou:
-Avozinha, porque tens uns braços tão grandes?
-É para te abraçar melhor, minha neta.
-Avozinha, porque tens uns olhos tão grandes?
-É para te ver melhor, minha neta.
-Avozinha, porque tens umas orelhas tão grandes?
-É para te ouvir melhor, minha neta.
-Avozinha, porque tens uns dentes tão grandes?
-É para te comer melhor.
O lobo saltou da cama e correu atrás da menina.
Uns lenhadores, que passavam por ali, viram a menina em aflição, correram atrás deles e apanharam o lobo.
E no fim, para felicidade de todos, a Capuchinho Vermelho e a sua avozinha partilharam o bolo com os lenhadores, como sinal do seu agradecimento.
Beatriz Frangãos
Beatriz Filipe
6ºB
A Sopa de Pedra
Era uma vez um homem que era viajante.
Ele viajava por muitas terras.
Um dia ele reparou que não tinha comida e ficou um bocado atrapalhado, pois estava com muita fome.
Olhou para o chão e viu uma pedra. Entretanto lembrou-se que a avó lhe tinha ensinado a fazer uma sopa que era feita com uma pedra.
Ele pegou na pedra e colocou-a numa panela encontrada à porta de uma casa, por onde ele tinha passado.
Foi andando até que chegou a uma outra casa. Olhou por uma janela e viu uma família toda reunida à volta da lareira.
Ele bateu à porta e veio o dono da casa. Então ele perguntou:
-Você podia dar-me uns legumes e alguns temperos?
-Claro, mas o que vai você fazer? - perguntou o dono da casa.
-Uma sopa de pedra magnífica. – disse o viajante.
-O quê? Uma sopa de pedra? – respondeu o dono da casa admirado.
-Sim. Quer um bocado depois de eu acabar? – perguntou o viajante.
-Claro, claro. – disse o dono da casa curioso.
Ele colocou todos os legumes e temperos dentro da panela para começar a fazer a sopa.
A seguir foi à ribeira buscar água, e colocou-a na panela. Pôs tudo a ferver na lareira do homem. Ao fim de algum tempo, o viajante provou a sopa e disse:
-Está pronta!
De seguida pediu dois pratos para ele comer e dar um pouco ao dono da casa.
Ainda hoje a sopa de pedra é muito famosa e conhecida no nosso país.
Diogo Soudo e João Santos
6ºB
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